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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Literatura de cordel - definição e histórico - Alfredo n°01


Livretos de literatura de cordel

A literatura de cordel é um poema popular. São escritos com rimas e alguns são ilustrados com xilogravuras. Os autores de cordel, ou cordelistas, recitam esses versos geralmente acompanhados de viola. A literatura de cordel chegou à Península Ibérica em meados do século XVI e foi introduzido no Brasil pelos portugueses no século XVIII. Instalou-se na Bahia e dali espalhou-se para os demais estados do Nordeste. Era oral, mas depois passou a ser impressa em folhetos que ficavam a mostra para os compradores, pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome criado em Portugal. Aos poucos, foi tornando-se cada vez mais popular, tanto que esta literatura foi batizada de poesia popular. No começo da publicação da literatura de cordel no Brasil, muitos autores de folhetos eram também cantadores. Nos dias de hoje, pode-se encontrar o cordel, principalmente na região Nordeste do Brasil. Os temas que podem ser retratados em um cordel são diversos: podem incluir fatos cotidianos, episódios históricos, religião, lendas... Praticamente qualquer assunto pode virar tema de cordel. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, morte de personalidades, ente outros. Pode, também, contar um boato, mudando-o para torná-lo mais divertido. Usam-se recursos textuais como o exagero, mitos e lendas. Costumavam ser vendidos em feiras e mercados pelos próprios autores. Existem, também, livros publicados, porém são menos comuns. Não está presente só no Nordeste, mas já se espalhou para outros estados. O sucesso ocorre em função do baixo preço, do humor presente em muitos deles e também pois retratam fatos da vida cotidiana da cidade ou da região, e por isso as pessoas se interessam. Muitos historiadores estudam este tipo de literatura na tentativa de acharem, no meio da ficção, informações importantes sobre a história e cultura de certa época. A literatura do cordel não existe apenas no nosso país e em Portugal. Também há literatura de cordel na Itália, na Espanha, no México e talvez em menor escala em outros países. Há atualmente uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_de_cordel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Brasileira_de_Literatura_de_Cordel
http://www.suapesquisa.com/cordel/
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=305&Itemid=191
http://www.ablc.com.br/historia/hist_cordel.htm

José Borges-Tommy-30-7d


José Francisco Borges, conhecido como J. Borges, nasceu a 20 de dezembro de 1935, no município de Bezerros, Pernambuco, onde deu início a sua vida artística  e onde reside até hoje, escrevendo, ilustrando e publicando os seus folhetos.

Ele começou a trabalhar aos dez anos de idade na agricultura, e negociava nas feiras da região, vendendo colheres de pau que ele mesmo fabricava.

Em 1964, começou a escrever folhetos e a fazer xilogravuras, entalhando pinho.

A década de sessenta foi um marco na vida do artista: sua obra e sua técnica, conhecida por tacos, passou a ser reconhecida nacionalmente como uma atividade cultural.

Com o passar o tempo, em sua oficina montada próximo à sua residência, que inicialmente fabricava figuras para ilustrar apenas suas histórias, chegou a produzir cerca de 200 cordéis e dezenas de xilogravuras de capa.

J. Borges tornou-se um dos mais famosos xilógrafos de Pernambuco, publicou vários álbuns de xilogravuras e alguns de luxo.

Nordeste, J. Borges
J. Borges

Com a fama, a família de xilogravadores cresceu, incluindo três filhos do artista, um irmão, três sobrinhos e um primo, graças às aulas do grande mestre e artista popular J. Borges, que soube cultivar a semente da arte de criar figuras exóticas a partir das histórias e das lendas popupalres, que impregnam o espírito do mestiço nordestino.


Fontes:

http://basilio.fundaj.gov.br/




Xilogravura:


Papel de seda

Placa de isopor





quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Abraão Batista - Guilherme no. 14

Abraão Batista, representante vivo da literatura de cordel no Brasil
Abraão Batista é cearense de Juazeiro do Norte. Ele nasceu no dia 4 de abril de 1935. Abraão é um representante vivo da literatura de cordel brasileira. Sua mãe pernambucana e seu pai potiguar (nascido no Rio Grande do Norte). Ele já fez mais de 190 folhetos de cordel e não vive somente disso, pois já foi poeta, gravador, escultor e ceramista. Na juventude também se formou em farmacêutico, por tanto também é um farmacêutico.
Gostava do cordel desde pequeno, quando sua mãe contava histórias, mas só começou a fazer os livrinhos em 1968, quando o Papa caçou 44 santos e quando sua segunda filha nasceu. História que deu início à seu primeiro livrinho. Sua obra mais famosa é: "O Homem que Deixou a Mulher para Viver com uma Jumenta na Paraíba".
Abraão participa de eventos sobre o cordel no Brasil e suas obras são ponto de referência quando o assunto é xilogravura e cordel.


Fontes:
http://fotolog.terra.com.br/filosofiadofutebol:709
http://www.camarabrasileira.com/cordel05.htm

Patativa do Assaré Carlos n° 7D

Antônio Gonçalves da Sila, mais conhecido como Patativa do Assaré nasceu no dia 5 de março de 1909 e foi uma das principais figuras da arte nordestina do século XX. Era o segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura. Cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença e viu seu pai falecer quando tinha apenas oito anos. Por sisso desde criança ajudava sua família. Recebeu esse apelido aos 20 anos, pois a beleza de sua poesia era comparada ao canto do pássaro que tem o mesmo nome.

Em uma apresentação, foi ouvido por José Arraes de Alencar que, convencido de seu potencial, lhe deu o apoio e o incentivo para a publicação de seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, em 1956

Patativa foi casado com Belinha e teve nove filhos,e ganhou inúmeros titulos e premios como o de Doutor Honoris Causa. Um fato curuioso sobre ele é que conseguia citar qualquer um de seus poemas, mnesmo depois dos noventa anos. Faleceu em 8 de julho de 2002, na mesma cidade onde nasceu, no interior do Ceará.

Foto de Patativa

Emanoel Araújo- Pedro número 27

Emanoel Alves de Araújo . Escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Aprende marcenaria com o mestre Eufrásio Vargas e trabalha com linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Realiza sua primeira exposição individual em 1959. Na década de 1960, muda-se para Salvador e ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia - UFBA, onde estuda gravura com Henrique Oswald (1918 - 1965). Em 1972, é premiado com medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. Recebe, no ano seguinte, o prêmio de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor, da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Entre 1981 e 1983, instala e dirige o Museu de Arte da Bahia, em Salvador, e expõe individualmente no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Em 1988, é convidado a lecionar artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York. De 1992 a 2002, exerce o cargo de diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp e é responsável pela revitalização da instituição. É, entre 1995 e 1996, membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, é curador e diretor do Museu Afro-Brasil, aberto nesse ano, em São Paulo, com obras de sua coleção.


Abaixo duas obras (gravuras)



Fonte: 
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1642&cd_idioma=28555